Parou, pensou um pouco, pegou um lápis. Sim, com o lápis não teria problemas. Não, não teve os mesmos problemas: o lápis deslizava e entre uma letra e outra, na mesma palavra, uma linha trêmula surgia sem que ela pudesse dominar. Pegava a borracha, apagava tudo e reiniciava. Nada mudava. Devia ser o tipo de papel.
Achou um caderno antigo. As folhas amareladas lhe deram a esperança de surgir a velha, parelha e bonita caligrafia. Tinha boas lembranças daquele caderno, surgiriam boas histórias. Ledo engano.
Em meio àquele desespero, àquela desilusão, àquela incansável busca, de repente, ouviu: "Vó, tu não usas mais o notebook, não é? Vou levar para a minha casa. Tchau! Volto qualquer dia!"
"Notebook?"