sexta-feira, 5 de junho de 2020

Num dia de chuva

Ah! aquele chalé de madeira sem pintura,
aquele avarandado onde descansa a velha cadeira de balanço,
e a chuva que não para!
Quero sentar naquele velha cadeira,
balançar lentamente pra frente, pra trás.
tocar levemente os pés no assoalhado molhado 
e sentir o friozinho da água virgem que desliza pelas paredes celestes.
Vou deixar a cabeça cair,
olhar para o céu
e descobrir quem não fechou a divina torneira.
Então, vou manejar os pensamentos pra bem longe,
lá onde as recordações são pequeninas,
onde a imaginação e a realidade se entrelaçam
num casamente perfeito, mas cheio de falhas,
onde a lembrança se esvai da nossa mente
como a água da chuva na terra.
E eu vou chorar sorrindo!

Obs.: Poema inspirado num primeiro escrito e publicado por mim na minha página do Facebook, no dia 03 de outubro de 2019.