domingo, 12 de junho de 2016

Dia dos Namorados

Hoje saí abraçada por aí
O frio pedia que assim andássemos!
No ritmo coronário, percorremos trilhas
Com a boca trêmula, trocamos juras.
Trocamos sorrisos com um povo alegre
Ouvimos cantos de vozes desconhecidas.
O inverno castiga este Dia dos Namorados
Mas dá vontade de carícias trocar.
Em tua veste preta com roxo,
Na maciez de teu toque,
No tamanho exato para comigo encaixares,
Eu vi teus olhos jamais  pra mim mostrados
Eu toquei tuas mãos nunca com as minhas entrelaçadas
Eu me senti em teus braços protegida como um dia escreveste.
Sim, hoje saí com o casaco que me deste,
Hoje lembrei das palavras que acompanharam o pacote ao chegar
Hoje deu saudade das longas conversas
Hoje senti falta do que não tivemos!

Em busca de um Agnelo

Vou procurar pra mim um Agnelo,
Aquele que nada questiona, com tudo concorda!
Propor a ele uma vida em comum,
De mim abrir o coração, da casa, as janelas.
Mostrar que o mundo pode ser belo
Que a beleza depende de quem olha.
E que mesmo sem dinheiro algum
Seremos felizes, dividindo nossas mazelas!
Do mar contaremos as marolas
Chorar não choraremos de modo algum!
Vem, Agnelo! Quero ver teus olhos belos!

A minha cor hoje

Hoje a minha cor é esta, 
Pois, às vezes, a tristeza imbesta
e me leva a tempos distantes
Quando a vida era mais simples
Quando as preocupações não eram constantes.
Então eu lembro as brincadeiras, as cantorias, as pessoas queridas,
Lembro a mesa cheia, e o fogão sempre aceso.
Lembro os risos incessantes,
Lembro a adolescência feliz e sadia.
Hoje na lágrima que em meu rosto escorre,
Estão os amores, os carinhos e até os desamores,
Todos aqueles que me faziam querer mais vida!
Que cor é esta de hoje, afinal?
A cor da fé, da esperança e do milharal!