domingo, 13 de outubro de 2019

Um Anjo da Guarda!

        Há dias em que a gente se dá conta de que, realmente, existe Alguém que, silenciosamente, cuida de nós!
        Chegando à minha casa, à tardinha de ontem, primeiro me pus a pensar no fato de que, apesar da idade, ainda trabalhar era uma bênção e maior do que qualquer outra por dar aulas de Teatro para a maturidade porque, na verdade, eu havia ganhado não só alunos, mas amigos e amigas da minha faixa etária, que me faziam muito feliz.
        Mais tarde, já sentada em minha poltrona "do papai", título bem machista, veio-me à mente o acontecido na saída do encontro que havia tido com um dos grupos de alunas, melhor, amigas. Saí junto com uma delas e fomos para um ponto de táxi onde não havia nenhum, óbvio! Sexta-feira, final de tarde! Quem já não passou por este sufoco? Sufoco: O meu virou uma saga! Como minha amiga morava mais longe, deixei que ela embarcasse no primeiro carro que apareceu. Sozinha acabei sentando no banco destinado aos que esperam. Chegou outra senhora, passamos a conversar. Até aí, tudo numa boa! Mas o tempo passou, e ela decidiu sair a pé atrás de sua condução. Fiquei aguardando, pensando, Sim, eu penso muito! E nada de táxi. Resolvi seguir a decisão da senhora que, afinal, nem sei o nome, mas não importa.
        Saí andando devagar, e de vez em quando dava uma parada e olhava para os carros que passavam aos montes. Eu poderia ter sorte! Sorte é coisa que não era muito minha amiga.Sempre consegui tudo o que quis, mas sob mita dedicação, estudo e trabalho!Já estou digredindo. Voltando à minha saga.Já havia caminhado umas três quadras abaixo de sol quente. Dobrei numa esquina em os carros desciam em direção a outra avenida. Fui descendo devagar e dando as paradinhas para averiguar se conseguiria voltar sentada ou teria de caminhar. Dois táxis passaram, mas depois de eu fazer sinal, vi que estavam com gente. O trânsito parou porque a sinaleira fechara, e eu continuei quase me arrastando pela dor nos meus joelhos, que vêm me avisando para baixar o ritmo há muito tempo. Decidi entregar nas mãos do Papai do Céu e fui andando.
        De repente, ouvi uma buzina insistente. Claro que parei e me virei, procurando saber o que acontecera. Vi, então, uma mãozinha que me chamava pela janela de um daqueles dois táxis que já haviam passado por mim. Fui até ele, e uma senhorinha de cabelos branquinhos, sentada no banco da frente, ao lado do motorista, me pergunta para que direção eu ia, onde eu morava. Surpresa! Moramos na mesma avenida! Resultado: fui salva!
        Depois tem gente que diz que não existem Anjos da Guarda!