sábado, 24 de julho de 2010

Eu gosto muito delas!

Hoje olhei para elas e, imediatamente, comecei a refletir sobre a importância delas na minha vida. À medida em que meus olhos analisavam cada pedacinho delas, um filme projetava-se em minha mente. Eram elas que me presenteavam com o som das diferentes notas que emanavam do velho piano da minha casa e, quando na adolescência, resolvi me envolver com outro instrumento, lá estavam elas trazendo aos meus ouvidos o som fagueiro e romântico de um violão. Em meio às brincadeiras de menina, vestiam e desvestiam muitas vezes, a cada dia, as bonecas da minha infância. O que seria de mim se não estivessem presentes nas primeiras carícias de amor.Participaram e participam de todos os momentos da minha vida.
Um dia, pareciam estar se cansando dos muitos movimentos que faziam e passaram a transmitir dor, muita dor, e o bisturi foi necessário para que parassem de sofrer.
Houve um tempo em que jamais saíam à rua sem uma bela e, na maioria dos anos, chamativa pintura. Hoje, já não são mais tão vaidosas: uma cicatriz caracteriza o rosto daquela que se responsabiliza pelas tarefas mais precisas; a outra, a meu ver, é mais bonitinha, no entanto tem mais força. Até mesmo a pele delas, com a idade, já não é mais a mesma. Manchinhas escuras se instalaram, denegrindo a antiga beleza e limpidez. Engraçado, analisando bem, a da cicatriz recebeu mais dessas pintas, provavelmente, por ter se desgastado mais.Com certeza, cada mancha lembra uma situação, alegre ou triste, da minha vida.
Os dermatologistas que me perdoem, mas, graças a Deus, não fiz a besteira de tirar essas queridas das minhas mãos.

Um comentário:

  1. adorei, que texto lindo minha prima!!!
    eu não sabia desse teu dom, parabéns e quero maisssssssssssssssssssssssssssssss
    beijão
    Jussara

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