Hoje, comecei o dia daquele jeito que não se sabe nem o porquê, mas até se pergunta:"Levantar pra quê?" Mas em questão de segundos já me alonguei, saí da cama, tomei meu café, li o jornal do dia e fui pra rua. Sim, nada melhor do que ir para a rua quando se está um pouco pra baixo. Abri a porta do edifício, dei de cara com aquele dia "chove não molha", "água com açúcar", e outras denominações para não dizer "sem graça". Porém, lembrei-me de que haveria um concerto da nossa OSPA na Redenção e para lá me dirigi!
"Obrigada, Senhor!" Fui caminhando e a cada passo ouvia melhor a primeira música. Começara! Já sentia meus braços se arrepiando e os chorões, sim, porque meus olhos são uns chorões, enchendo-se de lágrimas. Pressenti o que me esperava. Consegui uma cadeira vazia no meio de tantas outras ocupadas. Estava a me esperar, tenho certeza! E, em meio aos acordes, escalas, solos e harmonias perfeitas, fiz uma viagem a minha infância, quando assistia a todos os concertos da orquestra da qual meu pai fazia parte. Ele era contrabaixista. Fechei meus olhos e senti meu pezinho de menina batendo o compasso no chão. Dali, do Teatro São Pedro voei mais e me vi em plena Disney assistindo àqueles espetáculos cujas trilhas sonoras são indiscutívelmente lindas. E assim, fui passando por diferentes momentos da minha vida. Finalmente, cheguei ao presente, com a apresentação do Yamandu Costa e do Borghetinho que me levaram ao êxtase de encantamento com seus talentos.
Para finalizar, a emoção de ver a garra, a alegria, o entusiasmo do público cantando junto com a orquestra o "Canto Alegretense" e o nosso hino, o hino do Rio Grande do Sul! Eu cantava junto, é claro!
Voltei outra para casa! Levantar pra quê? Pra isso: para se deixar levar pela beleza e magia da música!
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