Pra quem eu vou comprar balas?
É isso aí! Estou passando por um problema, aparentemente bobo, mas que tem me perseguido desde que minha mãe partiu para não mais voltar para este mundo. Enquanto viva, não havia semana que não me "mandasse" comprar balas. Sim, ela me mandava, não pedia, inclusive, usava o dedo indicador erguido. Era até engraçado vê-la dando ordens como se eu fosse uma criança ainda. Ela, 95, e eu, 65. Quando a questionava se não estava comendo balas demais, ela dizia: "Elas roubam tudo! Não traz aquelas de chocolate, porque elas escolhem somente elas e me deixam as de banana.!" ELAS eram as enfermeiras e funcionárias da Casa de Repouso onde morava. No entanto, as moças que limpavam diziam que, pela manhã, havia, diariamente, muitos papéis de balas atrás da cama de minha mãe. Eu sei que era verdade porque quando morava aqui na minha casa, fazia o mesmo.
Esse problema se agrava na medida em que a lojinha de "1,99" onde eu comprava suas encomendas fica exatamente ao lado do prédio onde moro. Passo por ali e acho que tenho de entrar, comprar balas de mel, de banana, de chocolate, de iogurte!
Esse, com certeza, é apenas um dos hábitos dos quais terei de me libertar! Uns mais facilmente esquecidos; outros dificilmente abandonados.
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