Quando decidi levantar, fui direto à janela, abrir tudo, cortina, vidro, persiana, para ver o brilho esplendoroso do dia que recebia. Olhava para o azul do céu quando outro som me surpreendeu. Era um bem-te-vi que falava que tinha me visto. Procurei-o e encontrei-o sozinho, cabeça erguida, em cima da murada do terraço de um prédio bem próximo. Sim, eu tenho certeza de que ele conversava comigo. Ficamos um tempo emitindo sons um para o outro.
Ao me virar para sair da janela, ouvi o miado de um gato. Onde está este bichinho agora? Estava no mesmo prédio, mas alguns andares abaixo, acho que tomando um banho de sol, pois fazia pose entre o vidro da janela e a rede que o protegia. Protegia ou prendia? Não vou entrar nesta discussão. Lindo, totalmente branco, olhava-me e miava.
Será que se não estivéssemos na pandemia, eu ouviria estes sons? Sentira carinho neles? Encantar-me-ia com eles e pararia a minha vida para dar-lhes atenção?
Gostei muito, profe. A pandemia faz essas coisas com a gente, abre gavetas mentais e reaviva memórias... Parabéns!
ResponderExcluirComentário sem nome da pessoa. Mas muito obrigada.
ExcluirClaro que não Lourdes!
ResponderExcluirEstaria preocupada demais com tantos afazeres artísticos!
Às vezes, mesmo o melhor de nós, rouba-nos uma parte essêncial da vida!!!
Comentário sem identificação. Mas muito obrigada.
ExcluirTexto mara!!!
ResponderExcluirPode virar livro!!!
Comentário sem identificação. Mas muito obrigada!
ExcluirAs ruas, agora silenciosas, nos fazem ouvir outros ruídos .
ResponderExcluirMuito bom, Lourdes!
Beijão!
Tenho tido também muitas voltas ao passado Momentos que nunca mais estiveram na minha memória. Na maioria deles eu teria agido de forma diferente. Não sei se melhor, mas sei diferente.
ResponderExcluirLindo texto!! Sigas teus institutos artísticos, culturais...parabéns!!
ResponderExcluirComentário sem identificação. Mas muito obrigada!
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