Desde pequenina chamou a atenção. Sempre sorrindo, parecia amar demais a vida e dar a ela um valor muito grande. Era mimada por todos. Seus cabelos lisos e longos tinham o brilho e a cor do sol em dia de verão. Na face, em cada lado, aqueles buraquinhos, chamados covinhas, graça de poucos. Foi crescendo e transformou-se numa bela mulher. Ficou vaidosa! Vieram os namorados, as baladas, as tentações. E lá entrou nossa menina num mundo de onde dificilmente se sai. Acabou construindo dentro dela outra menina, também loirinha, engraçadinha que pai não tinha. Apaixonou-se muitas vezes, perdeu muitos amores, uns por doença, outros por morte matada, talvez encomendada, não por Deus, mas pelos homens maus da Terra. A vida foi passando e sozinbha ela ficou. Morava só, vivia só, tomava decisões só! Numa noite de chuva, algo aconteceu, ...e ela morreu... só! Ninguém sabe como, ninguém sabe o porquê, ninguém sabe quem! Jazia fria, no chão frio! No rosto não mais se viam as covinhas, os olhos não mais se apertavam com o sorriso! As roupas, que tanto ela escolhia para vestir, agora estavam encharcadas e sujas!
Vai, menina! Segura na mão de Deus e vai!
É assim mesmo. Gosto de historias impactantes. Nascemos, vivemos momentos felizes, gloriosos, tristes, frustrantes, plantamos sementes, mas partiremos sozinhos mesmo.
ResponderExcluirBjs