sábado, 10 de março de 2012
Curtinha, mas intensa!
Ai, meu Deus, por que ela fez isso? Por que não se controlou? As coisas nunca mais seriam as mesmas depois deste trágico evento. Todos estavam pasmos, calados. A festa estava tão boa até que aconteceu essa desgraça. A calça de Marinho, a toalha de linho da mesa não tinham mais o tom alvo e o frescor do novo. A atitude de Mimosa havia deixado nelas uma marca indelével. Ele passou as mãos no peito, e elas sentiram o calor do líquido que, agora, já não enganava ninguém, sugeria grande confusão. A culpada permanecia congelada ainda com o instrumento do episódio na mão. O suor escorria em seu rosto, sua boca tremia sem cor, enquanto de seus olhos começavam a escorrer lentamente, uma a uma, lágrimas que não transpareciam se ela estava arrependida ou com medo.
O atingido, com dificuldade, levantou-se, empurrando para trás a cadeira que acabou batendo na cristaleira. O vidro da mesma se quebrou e taças de cristal rolaram pelo chão, aumentando mais a tensão do momento. Meio tonto, cambaleando, o marido com os olhos fulminantes, passo a passo, foi até sua mulher e, agarrando com as duas mãos os braços dela...
"Não te preocupes, querida, amanhã mesmo mando tudo para a lavanderia. Pega outra garrafa de vinho!"
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