segunda-feira, 26 de março de 2012
A gente é de casa!
A gente é de casa, disse aquela voz que não parecia de ninguém conhecido. Pelo jeito era mais de uma pessoa, senão não falaria "a gente". Mas por que àquela hora? O que alguém teria de tão importante para precisar entrar em nossa casa, sem querer aguardar até a manhã seguinte. A noite estava fria, todos já haviam ido para a cama e as luzes já estavam apagadas. Após as batidas insistentes na porta da frente, meu pai levantou-se e, lentamente, dirigiu-se à sala. Acendeu a luz que começou a piscar pausadamente como se fosse apagar a qualquer momento. Meu pai não abriu nem a janela lateral da porta, porém com energia perguntou: "Quem está aí? O que quer?" Meu irmão e eu, a essas alturas já estávamos atrás dele e nossa mãe nos seguia. Quanta curiosidade e...medo! Ao ouvirmos a resposta, meu pai fez menção de abrir, então. Porém, mamãe, mulher mais desconfiada, pegou-o pelo braço, impedindo-o. Neste meio tempo, meu irmão, que sempre fora metido a corajoso, driblou a mamãe, passou no meio das pernas de papai e, quando vimos, a porta estava escancarada. São os coelhos! gritou meu irmão. Até hoje não entendi muito bem o que se passou naquela noite.
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